quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Estive Longe


    Estive longe, mas voltei para abrir as portas que fechei no passado. Enfrentei com coragem as provas que a mim foram impostas até o fim. Descobri que as escolhas que fazemos podem mudar e nos dar outro caminho e desfecho.
E hoje ao vislumbrar o passado, notei que a tristeza ainda não passou e que o tempo voa. Na ânsia de passar a ausência da espaço para a espera, que parece nunca acontecer.
Mas de mês em mês eu sento e leio relatos bons sobre pessoas e sobre momentos... E construo a minha fé... Deixando para os outros as certezas...

   Certezas que são parte apenas de cada um, individuais e apenas palavras não podendo ser taxada como verdades absolutas. Em meio ao vácuo do tempo elas são lançadas ao vento do esquecimento e se perdem. Assim como as palavras nós também caímos no esquecimento, caímos na rotina de uma vida morna, deixando de viver, acostumando-se com a calmaria de uma vida sem perspectiva, sem emoção.
    Tão difícil se torna olhar para frente e desejar seguir, porque tem raízes que nos fazem sempre voltar. Essas mesmas raízes que um dia em prantos suportou a nossa ida e que veemente orou por nosso regresso, talvez minha forma de pensar seja egoísta ou eu simplesmente sou livre de mais para me apegar ao simples fato de me pedirem para ficar.
    Mudar é sempre um preço muito alto a pagar, mas ficar significa abrir mão de planos e sonhos que talvez não tenham outra chance para acontecer. Será que é egoísmo querer criar uma outra raiz? Será que é um adeus ou um até logo? Bom, nunca se sabe, ir é sempre doloroso assim como chegar é uma alegria imensa, tudo tem dois lados infelizmente manter o equilíbrio depende muito do quanto estamos dispostos a tentar. 
    Já fui é voltei tantas vezes que as feridas que criei já se fecharam, eu mudei e mudei a vida das pessoas que conheci, uma coisa é aprender sempre e voltar é questão de tempo todo mundo precisa de um lugar para chamar de seu. Todo mundo precisa parar, ora por vontade, ora por necessidade. 

    Nunca acreditei no eterno, no para sempre, tudo tem que passar, eu queria que fosse fácil aceitar algumas situações, mas nunca é, não sei porque continuo ou porque continuei, apenas sei que sinto dentro de mim essa necessidade de continuar, chega ser involuntária mas aceitável, porque parar para chorar, sofrer pelo tempo que passou? Porque deixar de ver e viver se há tanta coisa te  convidando a experimentar?
    Nunca soube e não saberei, mas minha vida já teve altos,baixos e em todos eles as mesmas perguntas ecoam e todas essas eu nunca responderei. Não procuro as respostas porque sei que posso encontra-las, mas tem certas coisas que estão melhores guardadas. Fora do alcance do coração, porque aquilo que não sabemos a gente já sente e sentir em silêncio é ser dono do seu caminho.

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